Saúde pública é tema da Campanha da Fraternidade este ano
Com o tema Fraternidade e Saúde Pública, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
 lançou a 49ª Campanha da Fraternidade, que pretende sensibilizar os fiéis sobre a situação
 das pessoas que enfrentam longas filas de atendimento e falta de vagas em hospitais 
públicos do país. Para o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, não é
 exagero dizer que a saúde pública no país não vai bem.
De acordo com ele, é preocupante a decisão do governo de cortar cerca de 
R$ 5 bilhões da área de saúde. "Os problemas verificados na área da saúde
 são reflexo do contexto mais amplo de nossa economia de mercado, que 
não tem, muitas vezes, como horizonte, os valores ético-morais e sociais".
No texto-base da campanha, a CNBB expõe as grandes preocupações da Igreja com relação à 
saúde pública, como a humanização do atendimento aos pacientes e o financiamento da 
saúde pública, classificado pela confederação, como "problemático e insuficiente". 
A entidade critica ainda a escassez de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O texto da campanha compara os gastos da saúde no Brasil com o de alguns países em que 
70% do que é dispendido na área vêm do governo e 30%, do contribuinte. Já no Brasil, em
 2009, o governo foi o responsável por 47% (R$ 127 bilhões) dos recursos aplicados na
 saúde, enquanto as famílias gastaram 53% (R$ 143 bilhões).
A partir dos 4 anos de idade, os acidentes e a violência são as principais causas de mortes de 
criançasNo entanto, segundo dom Leonardo, a Igreja reconhece também :
 Alguns avanços na área, como a redução da mortalidade infantil, a erradicação de algumas 
 doenças   infecto-parasitárias e o aumento da eficiência da vacinação e do tratamento da aids.
 "São significativos os avanços verificados nas últimas décadas na área da saúde pública".
De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, que participou do evento,
 este ano a saúde terá orçamento 17% maior que em 2011, R$ 72 bilhões
. "O aumento de R$ 13 bilhões é o maior aumento nominal que já existiu de recursos para a saúde
 de um ano para o outro, desde o ano 2000. O meu papel como ministro não é ficar
 esperando os recursos virem, mas, sobretudo, fazer mais com o que temos".
Segundo ele, o debate sobre o financiamento da saúde continua e será mais amplo
 com o apoio da campanha da fraternidade. O ministro disse ainda que o
 contingenciamento de R$ 5 bilhões, com o corte do Orçamento anunciado
 pelo governo na semana passada, não afetará nenhum programa da pasta.
 "Tudo o que estava programado pelo Ministério da Saúde e foi encaminhado
 para o Congresso Nacional está absolutamente mantido".
Segundo o membro do Conselho Nacional de Saúde Clóvis Boufleur, 
a campanha da fraternidade pretende efetivar a participação de conselhos 
estaduais e municipais de saúde. 
Entre os temas que serão debatidos nos 
conselhos, está a violência, a obesidade e
 a gravidez na adolescência. 
"A violência dentro de casa s e jovens".
Fonte: Agência Brasil
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário