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domingo, 12 de junho de 2016

Risco de recorrência do câncer de próstata aumenta com triglicerídeos elevados, publicado pelo Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention

Risco de recorrência do câncer de próstata aumenta com triglicerídeos elevados, publicado pelo Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention

Risco de recorrência do câncer de próstata aumenta com triglicerídeos elevados, publicado pelo Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention
Evidências de uma associação entre o colesterol total, as lipoproteínas de baixa e de alta densidade (LDL e HDL, respectivamente), os triglicérides e o câncer depróstata são conflitantes. Uma vez que o câncer de próstata e as dislipidemias afetam grandes proporções da sociedade ocidental, a compreensão destas associações tem importância fundamental para a saúde pública.
Foi realizada uma análise de coorte retrospectiva de 843 pacientes submetidos à prostatectomia radical que nunca tinham usado estatinas antes da cirurgia no banco de dados compartilhado Shared Equal Access Regional CancerHospital (SEARCH). Análises multivariáveis foram utilizadas para investigar a associação entre o colesterol total, LDL,HDL e triglicerídeos e o risco de recorrência bioquímica do câncer de próstata. Na análise secundária, foram exploradas essas associações em pacientes com dislipidemias, definidas de acordo com as diretrizes do National Cholesterol Education Program.
Os resultados mostraram que níveis séricos elevados de triglicérides foram associados ao maior risco derecorrência do câncer de próstata [taxa de risco para cada aumento de 10 mg/dl 1,03; intervalo de confiança de 95% (IC), 1,01-1,05], mas a associação entre o colesterol total, LDL e HDL e o risco de recorrência foram nulos. No entanto, entre os homens com dislipidemia, cada aumento de 10mg/dl nos níveis do colesterol total ou de HDL foi associado a um risco de recorrência 9% maior (taxa de risco 1,09, IC 95%, 1,01-1,17) e a uma redução do risco derecorrência de 39% (taxa de risco 0,61; IC 95%, 0,41-0,91), respectivamente.
Concluiu-se que elevados níveis séricos de triglicérides foram associados ao aumento do risco de recorrência docâncer de próstataColesterol total, LDL ou HDL não foram associados ao risco de recorrência entre todos os homens. No entanto, entre os homens com dislipidemia, níveis elevados de colesterol total e de HDL foram associados ao aumento e à diminuição do risco de recorrência, respectivamente.
Estes resultados, juntamente com a evidência de que o uso de estatinas está associado ao risco de recorrênciareduzido, sugerem que os níveis de lipídios devem ser explorados como um fator de risco modificável para arecorrência do câncer de próstata.

Retinopatia diabética pode estar relacionada à deficiência de vitamina D



Retinopatia diabética pode estar relacionada à deficiência de vitamina D


Retinopatia diabética pode estar relacionada à deficiência de vitamina D


Meta-análise encontra ligação entre retinopatia diabética e baixos níveis davitamina D. Este trabalho foi apresentado no The 25th Annual Scientific & Clinical Congress da American Association of Clinical Endocrinologists (AACE).
Pacientes diabéticos que também tenham sido diagnosticados com deficiência de vitamina D podem estar em risco de desenvolver retinopatia diabética. Em uma revisão sistemática e meta-análise que incluiu 11 publicações e estudos observacionais, envolvendo cerca de 6.000 indivíduos, os pacientes diabéticos com deficiência de vitaminaD eram 26,7% mais propensos a ter retinopatia diabética do que os pacientes que não tinham deficiência destavitamina.
Houve um menor nível sérico estatisticamente significativo de 25-hidroxivitamina D em subgrupos de pacientes com retinopatia diabética em comparação com grupos de controle, com uma diferença média de -2,25 ng/mL (IC 95%: -3,64 a -0,87, P=0,001).
Embora os resultados não mostrem uma relação de causa e efeito, os pesquisadores recomendam que pacientes diabéticos e também com baixo nível de vitamina D façam avaliações oftalmológicas para verificar a presença ou não de retinopatia diabética, pois eles podem estar em maior risco que as pessoas sem esta deficiência.
No entanto, é importante lembrar que este estudo foi apresentado em uma conferência e suas conclusões devem ser consideradas preliminares até que se tenha como base um estudo controlado, randomizado e prospectivo que avalie se a deficiência de vitamina D tem uma relação de causa e efeito com a retinopatia diabética.
Pesquisas futuras devem tentar determinar se a suplementação de vitamina D tem benefício clínico e é um mecanismo de proteção contra o desenvolvimento e progressão da retinopatia diabética.

Metformina: FDA revisa advertências ao uso da medicação em pacientes com função renal reduzida e muda recomendações

Metformina: FDA revisa advertências ao uso da medicação em pacientes com função renal reduzida e muda recomendações

Metformina: FDA revisa advertências ao uso da medicação em pacientes com função renal reduzida e muda recomendações
FDA concluiu, a partir da revisão de estudos publicados na literatura médica, que a metformina pode ser usada com segurança em pacientes com comprometimento leve da função renal e em alguns doentes com insuficiência renal moderada.
FDA também está exigindo que os fabricantes revejam as bulas da medicação e recomendem que a medida da função renal usada para determinar se um paciente pode receber metformina seja alterada, da concentração decreatinina no sangue para uma medida que forneça uma melhor estimativa da função renal (ou seja, a equação para estimativa de taxa de filtração glomerular (TFGe)). Isto porque, além da concentração de creatinina no sangue, a taxa de filtração glomerular estimada leva em conta parâmetros adicionais que são importantes, tais como a idade do paciente, sexo, raça e peso corporal.
Medicamentos contendo metformina estão disponíveis como produtos de ingrediente único e também em combinação com outros fármacos utilizados para tratar a diabetes mellitus. A bula atual contraindica o uso demetformina em alguns pacientes cujos rins não funcionam normalmente, porque o uso da metformina nestes pacientes pode aumentar o risco de desenvolver uma doença grave e potencialmente fatal chamada acidose lática, na qual muito ácido lático se acumula no sangue.
A recomendação da FDA é que os profissionais de saúde sigam as recomendações mais recentes ao prescrever medicamentos contendo metformina para pacientes com função renal comprometida. Os pacientes devem falar com os seus profissionais de saúde se tiverem quaisquer dúvidas ou preocupações sobre o uso desta medicação.
As novas recomendações são as seguintes:
  • Antes de iniciar a metformina, obtenha a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) do paciente.
  • metformina é contraindicada em doentes com uma taxa de filtração glomerular inferior a 30 ml/minuto/1,73 m².
  • Não é recomendado iniciar metformina em pacientes com uma taxa de filtração glomerular entre 30-45 ml/minuto/1,73 m².
  • Obtenha a TFGe, pelo menos anualmente, em todos os pacientes que tomam metformina. Em pacientes com risco aumentado para o desenvolvimento de insuficiência renal, tais como idosos, a função renal deve ser avaliada com mais frequência.
  • Em doentes que fazem uso de metformina, cuja TFGe caia abaixo de 45 ml/minuto/1,73 m², devem ser avaliados os benefícios e os riscos de continuar o tratamento. Descontinuar a metformina se a TFGe do paciente cair abaixo de 30 ml/min/1,73 m².
  • Suspender o tratamento com metformina antes ou no momento de um procedimento de imagem que usa contraste iodado em pacientes com uma taxa de filtração glomerular entre 30 e 60 ml/minuto/1,73 m², em pacientes com história de doença hepáticaalcoolismo ou insuficiência cardíaca ou em doentes para os quais será administrado contraste iodado intra-arterial. Reavaliar a TFGe 48 horas após o procedimento de imagem; reiniciar a metformina se a função renal estiver estável.

NEWS.MED.BR, 2016. Metformina: FDA revisa advertências ao uso da medicação em pacientes com função renal reduzida e muda recomendações. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2016.

Exame de sangue pode prever resposta ao tratamento de pacientes com depressão

Exame de sangue pode prever resposta ao tratamento de pacientes com depressão
O aumento dos níveis de inflamação já foi associado a uma menor resposta aos antidepressivos em várias amostras clínicas, mas estas descobertas haviam sido limitadas pela baixa reprodutibilidade dos ensaios com biomarcadores através de laboratórios, dificuldade em prever a probabilidade de resposta em uma base individual e devido aos poucos esclarecimentos sobre os mecanismos moleculares envolvidos.
Neste trabalho, os cientistas mediram os valores absolutos de dois biomarcadores no RNAm (quantificação confiável do número de moléculas), o Fator Inibitório da Migração de Macrófagos e a Interleucina-1β, a partir de uma amostra de um estudo randomizado e controlado, comparando o escitalopram versus a nortriptilina. Em seguida, usaram análise discriminante linear para calcular valores de corte do RNAm que melhor discriminassem entre respondedores e não respondedores após 12 semanas de tratamento com os antidepressivos.
Foram identificados valores de corte para as medidas absolutas no RNAm que previram com precisão a probabilidade de resposta numa base individual, com valores preditivos positivos e especificidade para não respondedores de 100% em ambas as amostras (valor preditivo negativo de 82% a 85%, sensibilidade de 52% a 61%). Usando a análise de redes, identificou-se diferentes conjuntos de metas para estas duas citocinas: o Fator Inibitório da Migração de Macrófagos interagindo predominantemente com caminhos envolvidos na neurogênese, neuroplasticidade e proliferação celular e a Interleucina-1β interagindo predominantemente com vias envolvidas no complexo inflamatório, estresse oxidativo e neurodegeneração.
Concluiu-se que estes dados fornecem uma abordagem clinicamente adequada para a personalização da terapia com antidepressivos, ou seja, pacientes que têm valores absolutos no RNAm acima dos pontos de corte poderiam ser direcionados para um acesso antecipado às estratégias mais assertivas com antidepressivos, incluindo a adição de outros antidepressivos ou anti-inflamatórios ao tratamento da depressão.

NEWS.MED.BR, 2016. Exame de sangue pode prever resposta ao tratamento de pacientes com depressão. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2016.

Efeitos da dieta Mediterrânea, rica em gordura vegetal, sobre o peso corporal e circunferência abdominal: análise de resultados do ensaio clínico PREDIMED

Efeitos da dieta Mediterrânea, rica em gordura vegetal, sobre o peso corporal e circunferência abdominal: análise de resultados do ensaio clínico PREDIMED

Efeitos da dieta Mediterrânea, rica em gordura vegetal, sobre o peso corporal e circunferência abdominal: análise de resultados do ensaio clínico PREDIMED
Por causa da alta densidade de gordura, dietas ricas em gorduras são tidas como susceptíveis de conduzir a um aumento de peso corporal, portanto, osprofissionais de saúde estão relutantes em recomendá-las a indivíduos comsobrepeso ou obesos. Foram avaliados os efeitos em longo prazo de três tipos de dietas mediterrâneas: ad libitum (à vontade), com alto teor de gorduras e com alta concentração de gordura vegetal sobre o peso corporal e a circunferência da cintura, em pessoas idosas, em risco de doença cardiovascular - maioria obesa ou com sobrepeso.
O ensaio clínico, randomizado e controlado, conhecido como PREDIMED, foi realizado em centros de cuidados primários afiliados a onze hospitais da Espanha. Cerca de 7500 homens assintomáticos (com idades entre 55 a 80 anos) e mulheres (com idades entre 60 a 80 anos), que tinham diabetes tipo 2 ou três ou mais fatores de risco cardiovasculares, foram aleatoriamente randomizados (1:1:1) por uma sequência de números gerados por computador e distribuídos em uma de três intervenções: dieta Mediterrânea suplementada com azeite de oliva extra-virgem (n=2.543); dieta mediterrânea suplementada com castanhas (n=2.454) ou uma dieta controle (recebendo aconselhamento para reduzir a gordura dietética; n=2.450). A restrição energética não foi informada, nem a atividade física foi promovida. Nesta análise do estudo, foram medidos o peso corporal e a circunferência da cintura no início do estudo e anualmente durante cinco anos na população em intenção de tratar.
Após uma mediana de 4,8 anos de acompanhamento, os participantes dos três grupos tinham marginalmente reduzido o peso corporal e aumentado a circunferência da cintura. A diferença ajustada em cinco anos de mudança no peso corporal na dieta Mediterrânea com o grupo do azeite foi -0,43 kg (IC 95% -0,86 a -0,01; p=0,044) e no grupo das castanhas era -0,08 kg (-0,50-0,35; p=0,730), em comparação com o grupo controle. A diferença ajustada em cinco anos de mudança na circunferência da cintura foi -0,55 cm (-1,16 a -0,06; p=0,048) nadieta Mediterrânea com o grupo azeite de oliva e -0,94 cm (-1,60 a -0,27; p=0,006) no grupo castanhas, em comparação com o grupo controle.
Uma intervenção de longo prazo, sem restrição calórica, com dieta Mediterrânea com alto consumo de gorduravegetal foi associada à diminuição do peso corporal e menor ganho de adiposidade central em comparação com uma dieta controle. Estes resultados dão suporte à não restrição de gorduras saudáveis para a manutenção dopeso corporal.

NEWS.MED.BR, 2016. Efeitos da dieta Mediterrânea, rica em gordura vegetal, sobre o peso corporal e circunferência abdominal: análise de resultados do ensaio clínico PREDIMED. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2016.

Antidepressivos não parecem ser vantajosos no transtorno depressivo maior de crianças e adolescentes: meta-análise publicada pelo The Lancet

Antidepressivos não parecem ser vantajosos no transtorno depressivo maior de crianças e adolescentes: meta-análise publicada pelo The Lancet

Antidepressivos não parecem ser vantajosos no transtorno depressivo maior de crianças e adolescentes: meta-análise publicada pelo The Lancet
transtorno depressivo maior é um dos transtornos mentais mais comuns em crianças e adolescentes. No entanto, ainda é motivo de controvérsia o uso de intervenções farmacológicas nesta população e qual medicação deve ser preferida nesta faixa etária. Com o objetivo de comparar e classificar antidepressivos e placebo no tratamento do transtorno depressivo maior em pessoas jovens, foi realizada uma meta-análise de rede publicada pelo The Lancet.
Foi feita uma meta-análise de rede para identificar evidências diretas e indiretas de ensaios relevantes. Foram pesquisados os bancos de dados PubMed, Cochrane Library, Web of Science, Embase, CINAHL, PsycINFO, Lilacs,sites de agências reguladoras e registros internacionais para identificar ensaios clínicos randomizados publicados e não publicados até 31 de maio de 2015, os quais envolviam o estudo do tratamento agudo do transtorno depressivo maior em crianças e adolescentes. Foram incluídos ensaios com amitriptilina, citalopram, clomipramina, desipramina, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, imipramina, mirtazapina, nefazodona, nortriptilina, paroxetina, sertralina e venlafaxina. Foram excluídos os ensaios com participantes com depressão resistente ao tratamento, duração do tratamento menor do que quatro semanas ou com dimensão global da amostra de menos de dez pacientes. Os resultados primários foram a eficácia (alteração nos sintomas depressivos) e tolerabilidade (interrupção do tratamento devido a eventos adversos).
Foram considerados elegíveis 34 estudos, incluindo 5260 participantes e 14 tratamentos antidepressivos. A qualidade da evidência foi classificada como muito baixa na maioria das comparações. Para a eficácia, apenas a fluoxetina foi significativamente mais eficaz do que o placebo. Em termos de tolerabilidade, a fluoxetina foi também melhor do que a duloxetina e a imipramina. Os pacientes que receberam imipramina, venlafaxina e duloxetina tiveram mais interrupções devido a eventos adversos do que aqueles que receberam placebo.
Ao considerar os riscos versus benefícios dos antidepressivos no tratamento agudo da depressão maior em pessoas jovens, essas medicações não parecem oferecer uma vantagem clara para crianças e adolescentes. A fluoxetina é provavelmente a melhor opção a ser considerada quando um tratamento farmacológico é indicado.

NEWS.MED.BR, 2016. Antidepressivos não parecem ser vantajosos no transtorno depressivo maior de crianças e adolescentes: meta-análise publicada pelo The Lancet. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2016.